Cláudio Cavalcanti: perdemos um grande ativista pelos Direitos dos Animais
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Cláudio Cavalcanti: perdemos um grande ativista pelos Direitos dos Animais


Ator, diretor, dublador, produtor e, acima de tudo, defensor de todos os animais, Cláudio Cavalcanti, faleceu neste domingo (29) por complicações após uma cirurgia para resolver um problema da coluna.

Cláudio Cavalcanti: perdemos um grande ativista pelos Direitos dos Animais
Com 73 anos de idade e mais de 50 anos de carreira artística, Cláudio Cavalcanti era um dos mais importantes nomes do cenário brasileiro em atividade. Seu amor pelos animais o fez tornar-se vegetariano e, segundo suas próprias palavras, “radicalmente vegetariano”.

Inconformado com a violência diária a que são expostos os animais, entrou para a política. Entre 2000 e 2008 foi vereador do município do Rio de Janeiro. Em 8 anos de mandato, Cláudio Cavalcanti criou e aprovou 29 leis em favor dos animais (veja todas). Algumas delas são marcos na defesa dos animais do Rio, como a proibição dos espetáculos circenses com animais (Lei 3444/2002) e dos rodeios (Lei 3879/2004). Uma de seus projetos de lei mais polêmicos foi a tentativa de proibir a realização de todos os testes em animais na cidade do Rio de Janeiro, inclusive para fins pedagógicos (Projeto de Lei 325/2005). Infelizmente, o PL foi vetado pelo então prefeito. Atualmente, Cláudio exercia o cargo de Secretário Municipal de Defesa dos Animais.

Cláudio Cavalcanti dedicava sua vida à defesa dos animais e à divulgação do vegetarianismo. Em seu site oficial, há uma área dedicada ao tema (veja aqui) onde o ator é firme e direto: “Tenho uma certeza absoluta. Nada justifica a tortura.”, diz em seu texto.

Nossos sinceros sentimentos à toda a família e admiradores deste grande homem, especialmente à Maria Lucia Frota Cavalcanti, esposa, companheira de vida e de causa com quem o ator vivia desde 1979.

Confira abaixo as palavras de Cláudio Cavalcanti sobre sua visão em relação aos animais:

“Todos sabemos que a carne faz mal à saúde. Todos sabemos que a pecuária e os pastos destroem o meio-ambiente. Mas o motivo que me faz radicalmente vegetariano é a impossibilidade de aceitar que se mate um animal para comer.

Reconheço que é difícil vencer as tradições e uma cultura que se baseia na exploração e no sofrimento dos animais . O churrasco, os perus assados, os peixes recheados, as linguiças feitas de sangue, os presuntos com frutas e fios d’ovos, os blinis au caviar, os petit-fours com paté de foie gras, os tenros filets de vitelas, ou mesmo um simples cachorro-quente ou hamburguer, estão ancestralmente associados à festa, a reuniões de família, a Natal, a requinte, a fartura, ou simplesmente à saciedade, enfim, à alegria e ao prazer.

Mas basta que se pense que aquelas ‘iguarias’ são fruto da matança, do sangue, do berro de dor, do pavor, da tortura, do pânico, enfim, do sofrimento dos animais, para que tudo fique reduzido a uma sinistra e repugnante evidência da inconsciência em que se baseiam nossa tradições. Da mesma forma o couro, as peles, os óculos de tartaruga e uma lista de produtos que enfeitam ou agasalham vêm da dor e do sofrimento dos animais.

Tenho uma certeza absoluta. Nada justifica a tortura.

Seja ela para alimentar o mito da saúde perfeita, através das experiências feitas com animais. Seja ela para proporcionar qualquer tipo de prazer estético. Seja ela para ‘deliciar’ o paladar.

E aqui dou o meu testemunho:

Quando se é vegetariano, nossa acuidade de paladar se transforma, se aguça a tal ponto, que passamos a ser capazes de distinguir o gosto do animal morto até mesmo num molho que aparentemente é apenas de tomate.

Não julgo ninguém, não emito julgamentos morais, não gosto de controvérsias, mas confesso que sinto imediata e profunda identificação – uma identificação que dispensa palavras, discursos e pregações – por aqueles que não comem seres vivos.

E faço mais uma confissão: se eu comesse animais, nada me impediria de comer seres humanos.

Cláudio Cavalcanti.”

Cláudio Cavalcanti: perdemos um grande ativista pelos Direitos dos Animais

Fonte: Vista-se - 30.09.2013



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